CDS defende soluções alternativas para o setor do leite na Região
Agricultura

O deputado do CDS, Alonso Miguel, defendeu, esta quinta-feira, durante o debate de urgência sobre a perda de rendimento dos produtores de leite dos Açores, que a “agricultura é e deverá continuar a ser o principal pilar de desenvolvimento da Região”, assumindo que “o setor do leite tem um papel preponderante para a nossa economia”.

Quanto “ao modelo adotado no passado na Região, de incentivo ao aumento da produção de leite, com ajudas à quantidade”, Alonso Miguel referiu que ficou “ultrapassado e obsoleto” e que “insistir nesse modelo foi um erro, que levou a que os nossos produtores fossem confrontados com o pagamento de multas e penalizações, por excesso de produção”.

“Estamos a assistir à degradação do preço do leite para níveis históricos. Nestas condições, não se conseguem atrair jovens para a agricultura e para o setor do leite, nem garantir novos investimentos no setor. Nestas condições, estamos a estrangular o setor do leite e a condenar ao insucesso os nossos produtores e a comprometer os seus rendimentos”, alertou.

O deputado democrata-cristão referiu que é “urgente uma nova estratégia”, para travar a queda do preço do leite e os correspondentes “prejuízos para os nossos produtores”.

“É necessário reequilibrar o mercado excendentário de produtos láteos e é fundamental encontrar alternativas à redução do preço do leite”, considerou.

Alonso Miguel demonstrou que o CDS “há muito tempo vem alertando para a eminência da aplicação de penalizações aos nossos produtores por excesso de produção de leite”, destacando que “em 2016, apresentamos uma iniciativa que visava o pagamento único aos produtores de leite, onde se previa que o pagamento do POSEI à produção e à vaca leiteira passasse a ser feito em função de um valor fixo por produtor, sendo que esse valor deveria ser calculado com base no melhor valor dos últimos três anos, decrescido de 5%”.

“O PS chumbou essa proposta porque alegadamente teria melhores soluções, mas afinal não tinha. Essa é também a solução que a Federação Agrícola dos Açores vem agora defender. Pena é que tenha demorado três anos para vir dar razão ao CDS”, afirmou.

Para o CDS, “a solução passa, inevitavelmente, por sentar à mesa, de forma responsável, a Lavoura, a Indústria e a Tutela. Só assim se podem encontrar soluções para este problema, para defender a nossa lavoura e para proteger os nossos produtores”. 


CDS Açores
11-04-2019
Comunicação
Categoria: CDS Açores

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