Catarina Cabeceiras acusou os deputados do Partido Socialista de proferirem “intervenções sobre a Saúde completamente alienadas da realidade”.
A líder parlamentar do CDS-PP intervinha nesta terça-feira na Assembleia Legislativa da Região da Autónoma dos Açores, na discussão das propostas de Plano e Orçamento da Região para 2025.
Segundo Catarina Cabeceiras, há desonestidade em ignorar as “muitas preocupações” inerentes ao sector da Saúde, designadamente a “grande dificuldade no que concerne à fixação de médicos e de enfermeiros”, que se faz sentir “tanto na Região como a nível nacional” desde há muito e cujas causas transcendem a pandemia de COVID-19 e o incêndio do passado mês de maio no Hospital do Divino Espírito Santo [HDES].
“Claro que todos nós gostaríamos que um incêndio no maior Hospital da Região não tivesse tido reflexo nos tempos de espera”, mas “é claro que tem”, admitiu a deputada.
É de assinalar, por isso, a especial “atenção que este Governo Regional” da Coligação PSD/CDS/PPM tem dedicado à “recuperação das listas de espera”, com medidas que promovem a redução do tempo.
“Como é que estavam as listas de espera quando o Partido Socialista estava no Governo?”, inquiriu Catarina Cabeceiras, apelando à memória dos factos.
A deputada do CDS-PP deu nota do desafio que é “ter de acudir a esta situação que é emergente”, referindo-se às consequências do incêndio no HDES, “não descurando tudo o resto, quer os outros hospitais, quer as unidades de saúde de ilha”.
Nisto é de apontar a incapacidade de decisão do Partido Socialista, de quem não se sabe se “é a favor ou é contra o Hospital Modular”, conforme apontou Catarina Cabeceiras.
“Se o Partido Socialista fosse Governo, era isso que teria feito, ou não?”, questionou a líder parlamentar do CDS-PP, criticando a ausência de propositura de soluções concretas por parte da oposição, que contrasta com o “investimento claro na Saúde” que tem sido realizado pelo Governo Regional da Coligação.
De facto, “a única proposta do PS para a Saúde dos Açorianos consiste em propor aquilo em que o Governo Regional já está a trabalhar”, frisou.
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