O deputado Pedro Pinto reafirmou, nesta quarta-feira, que o CDS-PP Açores está “firmemente” contra a imposição de um teto máximo nos reembolsos das passagens aéreas para o território continental e para a Madeira.

Para Pedro Pinto, a portaria que o Governo da República fez publicar no passado dia 26 de setembro, com a imposição de um limite de 600 euros, “reflete um profundo desconhecimento da realidade açoriana”.

De acordo com Pedro Pinto, existe, porém, o reconhecimento generalizado de que “era preciso fazer qualquer coisa relativamente ao Subsídio Social de Mobilidade”, para combater o “regabofe” que se tinha instalado, gerando um “sistema que andou num total desvaneio durante muitos anos”.

“Eu lembro as declarações do anterior Primeiro-Ministro, António Costa, na Madeira, antes da pandemia, referindo-se à questão do Subsídio Social de Mobilidade como uma grande preocupação”, disse Pedro Pinto. No entanto, “O que é que ele [António Costa] fez? Não fez rigorosamente nada. Deixou que o regabofe continuasse”, vincou.

Tal explica, no entender de Pedro Pinto, ser “esperada uma reação” quando chega alguém que procura impor regras no que demonstrava estar desregrado.

Se, por um lado, as novas regras aplicáveis ao reembolso das passagens aéreas aos residentes nos Açores “têm lados negativos”, também “têm lados positivos”, observou Pedro Pinto.

Desde já, porque “também já foi anunciado que o valor que os residentes dos Açores pagarão a partir de janeiro de 2025, daqui a duas semanas, vai ser inferior àquele que se paga atualmente”, adiantou o deputado do CDS-PP-

“Se atualmente pagamos 134 euros, vamos passar a pagar 119” no máximo em viagens de ida e volta para o continente, sendo que, no caso dos estudantes, que “atualmente pagam 99, irão passar a pagar 79 euros por uma viagem”, especificou.

O deputado Pedro Pinto aponta que “isto também são boas notícias” e lamenta que, acerca destas, aos partidos da oposição “não lhes interessa falar”.

“Só vos interessa falar daquilo que é polémico, daquilo que pode causar escândalo”, criticou.