O Grupo Parlamentar do CDS-PP defendeu, nesta quinta-feira, a implementação de uma “estratégia ativa” de prevenção primária e secundária do cancro do pulmão na Região, atendendo à elevada incidência de casos e à prevalência do principal fator de risco: o tabagismo.

No entender da Deputada Catarina Cabeceiras, afigura-se como especialmente “importante a implementação do rastreio do cancro do pulmão”, permitindo que “o diagnóstico seja obtido numa fase muito precoce do desenvolvimento da doença, em que os tratamentos são mais eficazes e permitem uma redução muito significativa da mortalidade”.

A Deputada assinalou “a intenção já assumida, pelo XIII Governo Regional, de implementar o rastreio no início do próximo ano, num projeto-piloto”, uma medida que tem enquadramento no Programa do Governo, o qual prevê “a prevenção primária e o diagnóstico precoce de doenças oncológicas, nomeadamente através do apoio aos programas organizados de rastreio, de base populacional”.

Também da parte do CDS-PP/Açores existiu o compromisso, na campanha eleitoral para as legislativas regionais de 2020, de “pugnar para que o Centro de Oncologia dos Açores seja dotado dos meios e da verba necessária para fazer o rastreio do cancro do pulmão”, assente na convicção de que “em Saúde, é infinitamente mais barato prevenir do que remediar, isto é, de tratar”.

“A educação para a saúde e a prevenção são fundamentais neste caso em particular”, frisou Catarina Cabeceiras, referindo algumas ações atualmente em desenvolvimento, como sejam atividades junto das crianças em contexto escolar, ou campanhas de sensibilização dirigidas a adultos. 

Realçou ainda os “programas que atuam em diferentes eixos de prevenção: uma prevenção universal que é dirigida à população em geral, ou uma prevenção seletiva a nível de subgrupos ou segmentos populacionais, com algum carácter de risco, quer seja laboral, quer seja recreativo”, e ainda “a nível do contexto prisional”.

Sem esquecer “as consultas de cessação tabágica, a funcionar nas unidades de saúde de ilha”, a Deputada do CDS-PP considerou “fundamental continuar, incentivar e reforçar este programas, ações, consultas, assim como o envolvimento das várias entidades e profissionais”, apostando numa atuação de prevenção.

Quanto ao rastreio, o Grupo Parlamentar do CDS-PP considera “fundamental que seja consequente”, isto é, que “o sistema de saúde esteja preparado para dar a adequada resposta” mediante o diagnóstico, que precede o tratamento, defendendo por isso “que sejam definidos circuitos e prioridades”.